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Logo que minha neta mais nova nasceu, Maria Flor, fiquei 21 dias seguidos na casa da minha filha. Eu sabia que aquele era um momento muito esperado por ela e pelo meu genro e que eu estava ali para dar apoio e amor, mas sem invadir o espaço da família que estava sendo iniciada. 

Tentei me  conter, porque às vezes sou um pouco afoita demais. Geralmente esperava ser demandada para cuidar da bebê e ficava mais no suporte. Por exemplo, logo cedo eu fazia um suco funcional e levava para minha filha, aproveitava também para encher as garrafinhas dela de água, pois sei que amamentar dá muita sede. 

Corri para ir num lojão multicoisas também e comprei algumas coisas que minha filha tinha se esquecido, deixo a lista aqui porque pelo que vi poucas mães de primeira viagem pensam nisso: ter panos de pratos só para a bebê, comprar uma caixa para deixar as mamadeiras e chupetas esterilizadas, ter uma leiteira grande própria para ferver os objetos da bebê, comprar garrafa termica, arrumar as gavetas do quartinho com cestas de crochê e caixinhas com as coisas utilizadas no trocador.

Eu sempre dava um recado para os novos papais: Estou aqui à disposição, se precisarem é só chamar (louca para me chamarem, rsrs).

Entendi que aquele momento era muito mais deles, realizando o sonho de formarem a sua família, e que o meu papel era de apoiadora, e que  chegaria o momento de me aproximar mais e mais.

Organizo a minha vida de vovó para que eu possa continuar apoiando com amor e afeto.

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