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Logo que minha neta mais nova nasceu, Maria Flor, fiquei 21 dias seguidos na casa da minha filha. Eu sabia que aquele era um momento muito esperado por ela e pelo meu genro e que eu estava ali para dar apoio e amor, mas sem invadir o espaço da família que estava sendo iniciada. 

Tentei me  conter, porque às vezes sou um pouco afoita demais. Geralmente esperava ser demandada para cuidar da bebê e ficava mais no suporte. Por exemplo, logo cedo eu fazia um suco funcional e levava para minha filha, aproveitava também para encher as garrafinhas dela de água, pois sei que amamentar dá muita sede. 

Corri para ir num lojão multicoisas também e comprei algumas coisas que minha filha tinha se esquecido, deixo a lista aqui porque pelo que vi poucas mães de primeira viagem pensam nisso: ter panos de pratos só para a bebê, comprar uma caixa para deixar as mamadeiras e chupetas esterilizadas, ter uma leiteira grande própria para ferver os objetos da bebê, comprar garrafa termica, arrumar as gavetas do quartinho com cestas de crochê e caixinhas com as coisas utilizadas no trocador.

Eu sempre dava um recado para os novos papais: Estou aqui à disposição, se precisarem é só chamar (louca para me chamarem, rsrs).

Entendi que aquele momento era muito mais deles, realizando o sonho de formarem a sua família, e que o meu papel era de apoiadora, e que  chegaria o momento de me aproximar mais e mais.

Organizo a minha vida de vovó para que eu possa continuar apoiando com amor e afeto.

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Minha filha sempre trabalhou fora e quando engravidou sabia que não teria mais de 4 meses de licença maternidade, aliás, sabia que bem antes da licença acabar ela teria que pontualmente trabalhar, seja de casa ou da empresa. Portanto, no último trimestre de gravidez ela procurou dedicar tempo para preparar sua rede de apoio. 

Em primeira instância ela contratou uma assistente para ajudá-la nos afazeres de casa, pois sabia que não conseguiria cuidar da casa e do bebê ao mesmo tempo com tranquilidade. 

Descobriu também um grupo de mulheres que trabalham como babás pontuais, o nome desse grupo é xxxxx e você pode contratá-las para uma eventualidade. 

Outro suporte que ela encontrou e que achei muito legal foi o Mamusca de pinheiros em SP, eles fazem oficinas para pais e filhos, mas também fazem um estilo de colônia de férias. Vale procurar um desses no seu bairro ou cidade. 

Mas, sabemos que nem todo mundo pode contratar uma assistente ou seguir esse modelo, por isso vou trazer aqui outras possibilidades que funcionaram no meu tempo e que continuam fazendo sentido nos dias de hoje.

Antes do bebê nascer cozinhe e estoque comidas para pelo menos o primeiro mês, algumas marmitas considerando carbos e proteínas te ajudarão a se manter nutrida e sem ter uma alta demanda na cozinha. Já congele tudo em vasilhas apropriadas para o descongelamento no microondas.

Outra dica importante é pensar em adquirir uma máquina de lavar louças. Existem também saquinhos que esterilizam os objetos do bebê em poucos segundos no microondas. 

Comprar polpa de sucos congelados também ajudarão a te manter hidratada sem demandar muito.

No mais, tenha a família e os amigos por perto, você vai precisar de alguém para te ajudar e nao sinta vergonha ou receio de pedir de maneira direta, esse é um bom momento para conhecer seus verdadeiros amigos. Na minha época, minha mãe Jaci me ajudava diariamente, assim como também minhas irmãs, pelo que sou grata eternamente. Esta ajuda é muito mais importante do que se pode imaginar, porque não é só a ajuda material, mas a companhia e a afetividade contida nela.

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Quando engravidei da minha primeira filha me preparei para o parto normal e para receber essa nova vida, mas ninguém me alertou de que a amamentação poderia ser a parte mais difícil e imprevisível. 

O leite pode vir em grande quantidade, em pouca, os seios podem empedrar, o bebê pode ter uma pega incorreta, você pode sentir muita dor, e várias outras intercorrências não esperadas. No meu caso meus seios machucaram e eu chorava a cada mamada, mas isso contarei em outro artigo, aqui vou me limitar a falar sobre a alimentação durante essa fase. 

Precisamos ter um mantra em mente,  “nosso corpo é sábio e que o leite vai regular de acordo com a demanda”. Precisamos também lembrar que os seios são “fábricas” e não “estoques”, isto é, o leite será produzido de acordo com a demanda no momento da sucção, portanto seios pequenos ou murchos não significam seios com pouco leite.

Atendendo os conselhos da minha mãe eu sempre mudava minha alimentação durante a fase de amamentação, fiz isso com meus 4 filhos, o quão científico isto é, não sei dizer, mas para mim sempre deu certo. Então vou listar aqui os alimentos que eu mais consumia:

  • canjica
  • chá de erva doce
  • galinha com farinha de milho
  • leite com farinha de milho
  • aveias
  • muito muito líquido, especialmente água

Hum, uma última dica, para alimentar a alma a mãe precisa ter paz, relaxamento e suporte, amigos, parentes e uma rede de apoio por perto.

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