Assim que a Maria Flor nasceu percebemos que ela tinha o lado esquerdo da cabeça mais pontudo do que o lado direito. Uma amiga comentou que, pelo constatação de outros casos, ela acreditava que tinha haver com casos de partos normais onde o encaixe da pelve havia acontecido de maneira muito rápida, entretanto o pediatra da minha pequena disse que no útero os bebês muitas vezes preferem um lado e acabam ficando muito tempo nessa posição o que gera a diferença nos lados da cabeça.
Durante os 2 primeiros meses acreditávamos que, virar ela de lado no berço de vez enquanto e deixar a cabecinha dela mais reta seriam suficientes, entretanto não seguimos muito à risca essas recomendações e quando fomos na consulta de três meses o médico nos trouxe alguns alertas, pois a assimetria continuava agravada.
“Nos casos mais comuns, essa assimetria tem um pico por volta dos dois meses. Depois, vai diminuindo, até porque a criança começa a se movimentar mais – diz o neurocirurgião Arlindo Alfredo D’Ávila, do Hospital Mãe de Deus”.
Foi nesse momento que descobrimos uma touca chamada tortle, ela é vendida pela amazon USA e custa uma média de 26 dólares, eu consegui comprar uma usada pelo Mercado Livre por R$ 180,00. Ela tem uma espécie de banana que serve para posicionar o lado predileto do bebê, fazendo com que ele fique virado para o outro. Serve também para achatamentos no meio da cabeça. É super fácil de usar e é até bonitinha.
Outra coisa que passamos a fazer por recomendação do pediatra foram dois tipos de alongamento diariamente, ele indicou que procurássemos uma fisioterapeuta caso tivéssemos dificuldades. No primeiro você segura com uma mão o ombro do bebê e alonga o lado oposto levando a orelha dele para o ombro (sem forçar muito, mas de uma maneira que realmente alongue) e no outro fazendo com que ele olhe para o lado, nas duas situações devemos segurar o bebê na posição por 10 segundos. Ele vai chorar, é normal, mas precisamos segurar.
Embora o problema quando criança seja mais estético, ele pode gerar problemas nas idades futuras se a assimetria se agravar, como achatamento do crânio, problemas com a visão periférica, enxaquecas, entre outros, portanto o melhor é ficarmos alertas com as diferenças nas cabecinhas dos nossos bebês e tratar o quanto antes.