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Escolher o tipo de fórmula ideal para o seu bebê pode ser uma decisão desafiadora, especialmente quando a amamentação no peito não foi possível. Muitas mães enfrentam essa situação com um sentimento de frustração ou até mesmo culpa, mas é importante lembrar que você está fazendo o melhor para o seu filho e que ele ficará bem com a nutrição adequada, seja por meio da amamentaçãoou da fórmula.

Primeiramente, reconheça que cada mãe e cada bebê são únicos. Enquanto algumas mulheres conseguem amamentar sem dificuldades, outras enfrentam desafios físicos, emocionais ou práticos que tornam esse processo impossível ou insustentável. Isso não diminui em nada seu valor como mãe, nem significa que seu bebê será menos saudável ou amado. O amor, carinho e cuidado que você oferece são o que realmente fazem a diferença.

Quando se trata de escolher a fórmula, é comum se sentir sobrecarregada pela variedade de opções disponíveis. Existem fórmulas baseadas em leite de vaca, opções hipoalergênicas, fórmulas de soja, entre outras. A primeira coisa a fazer é conversar com o pediatra do seu bebê. Ele poderá recomendar uma fórmula que se adapte melhor às necessidades específicas do seu filho, considerando possíveis alergias, intolerâncias ou sensibilidades.

Aqui estão alguns pontos a considerar ao escolher uma fórmula:

  1. Leite de vaca adaptado: A maioria das fórmulas disponíveis no mercado é baseada no leite de vaca, mas elas passam por um processo de modificação para que os nutrientes sejam mais fáceis de digerir para os bebês. Estas fórmulas são geralmente a primeira escolha, a menos que seu bebê tenha uma alergia ou intolerância.
  2. Fórmulas hipoalergênicas: Se o pediatra identificar que seu bebê tem alergia à proteína do leite de vaca, ele pode sugerir uma fórmula hipoalergênica. Essas fórmulas passam por um processo que quebra as proteínas em partículas menores, tornando-as mais fáceis de serem toleradas.
  3. Fórmulas de soja: Algumas mães preferem usar fórmulas à base de soja, especialmente se houver uma intolerância à lactose ou uma opção vegana for desejada. Contudo, as fórmulas de soja nem sempre são recomendadas para recém-nascidos, a menos que sejam indicadas pelo pediatra.
  4. Fórmulas especiais: Em alguns casos, seu bebê pode precisar de uma fórmula específica para situações como refluxo ou prematuridade. Essas fórmulas são projetadas para atender a necessidades nutricionais muito específicas.

Outro ponto importante é a adaptação. Às vezes, pode demorar um pouco até encontrar a fórmula que o bebê tolera melhor. Durante esse processo, é normal que você se sinta ansiosa, mas saiba que com o tempo, o corpo do bebê se ajusta e, na maioria das vezes, encontra-se a opção certa.

Lembre-se também que a alimentação é apenas uma parte do cuidado com o bebê. O vínculo que você constrói durante os momentos de carinho, troca de fraldas, olhares e toques é tão importante quanto o que ele está comendo. Ser mãe envolve muito mais do que a alimentação, e é essa totalidade do cuidado que nutre de verdade o seu filho.

Por fim, seja gentil consigo mesma. A maternidade é cheia de decisões difíceis, e não há uma escolha perfeita. O importante é que você está fazendo o seu melhor, com amor e dedicação. Confie no seu instinto e no apoio do seu pediatra, e, acima de tudo, lembre-se de que você é uma excelente mãe, independentemente de como está alimentando o seu bebê.

Uma das coisas que mais escuto de gestantes sobre a amamentação é o fato delas terem MEDO. Medo da dor, pois só o que escutam de amigas e familiares e que é muito difícil. Elas têm certeza que a amamentação vai dar muito errado. 

Diferente do medo do parto, onde é possível escolher ter anestesia e usar medicações no pós parto para controlar uma possível dor, na amamentação sabe-se que aquele leite é o melhor para o bebê, e a tendência é ficar numa jornada sacrificante quando as coisas não estão indo bem, já que todo mundo fala que é assim mesmo.

De fato a amamentação é difícil, mas ela não precisa e nem deve ser dolorida o tempo todo. Inclusive, se está dolorido a chance de que o bebê esteja pegando errado, machucando o peito da mãe e não mamando de maneira eficiente, é gigante.

Então aqui começo falando do primeiro problema possível da amamentação: a pega errada.

Pega errada

Quando o bebê pega errado, além de machucar o peito da mãe, ele não tira leite da melhor maneira possível (e muitas vezes não está nem tirando leite suficiente para ele). Ou seja, nem o bebê nem a mãe estão ganhando nessa situação. Então, amamentar com dor é um sacrifício em vão. E a partir desse 1º problema mais comum da amamentação, que é a pega errada, podem surgir outros problemas.

A consequência direta da pega errada são mamilos machucados (fissurados), o que acarreta em uma amamentação dolorida.

Fora a dor, essas feridas são uma porta de entrada para microorganismos infectarem elas, e a partir disso surgirem problemas como mastite e candidíase

Para o bebê, essa pega errada tem como consequências mamadas inefetivas, fome constante, perda ou ganho insuficiente de peso, desidratação

A pega errada é uma grande bola de neve que, se não corrigida, pode levar ao desmame precoce desse bebê, e muita frustração materna.

A solução para pega errada nem sempre é fazer o bebê pegar certo (o que muitas vezes não é tão simples). Às vezes o bebê não consegue acertar a pega por ter a língua presa, por exemplo.

Quando o bebê não mama de forma eficiente, o corpo da mãe entende que não tem bebê mamando ou que aquele bebê precisa de pouco leite (já que ele está tirando pouco), e então sua produção de leite começa a diminuir.

Um outro problema comum na amamentação é o ingurgitamento mamário, o famoso leite empedrado. Este pode ocorrer independente da pega do bebê, mas claro, sendo agravado com a pega errada já que dessa forma o bebê não tira leite corretamente. O ingurgitamento pode ocorrer primeiramente quando acontece a descida do leite, a tal apojadura, que é em torno do 3º ao 5º dia após o nascimento do bebê. É um momento que as mamas passam a produzir mais leite e ficam inchadas, acarretando no seu endurecimento. Fora o momento da descida do leite, outros momentos podem levar a esse empedramento das mamas, como quando o bebê passa muito tempo sem mamar, e o peito vai enchendo. Desse ingurgitamento pode surgir os problemas de obstrução de ductos ou mastite, por exemplo.

Conclusão

Enfim, os problemas da amamentação são diversos, difícil descrever tudo sem se prolongar tanto. Mas é importante perceber que muitos deles vão ser consequência de uma pega errada. Então é muito importante buscar informações de como fazer o bebê pegar certo para que a amamentação comece com o pé direito.

E, se não ficou tão claro, é muito importante saber que quando tem dor na amamentação, algo não está indo bem. É necessário que um profissional qualificado avalie a mamada para poder orientar a mulher a amamentar corretamente, onde ela e o bebê fiquem bem.

O que é?

A livre demanda nada mais é do que permitir que o bebê se alimente quando ele sente fome. 

Muitas pessoas acreditam que é deixar o bebê no peito o dia todo, e não é bem isso. A frequência de tempo das mamadas vão mudando de acordo com a necessidade do bebê. Geralmente nos primeiros dias de vida, como o estômago do bebê é bem pequeno (cerca de 5ml no 1º dia de vida), ele tem necessidade de mamar mais vezes (também pelo leite materno ser de fácil digestão).

Tanto o estômago do bebê quanto a produção da mãe vão aumentando,  e a livre demanda permite que o corpo da mãe se ajuste à necessidade específica do bebê. 

Determinar um horário rígido para um bebê que está começando a entender a fome, aprendendo a mamar, pode ser muito contraprodutivo. Lembre que o bebê estava num “open bar”, recebendo alimento 24 horas por dia pelo cordão umbilical.

Fiz livre demanda, mas meu bebê passava fome.

A livre demanda não deve ser confundida com um bebê que quer ficar no peito o tempo todo.

Nesses casos, é importante observar a mamada para saber se o bebê está ou não conseguindo extrair leite. Caso o bebê não esteja pegando da maneira correta, ele não é capaz de extrair leite de uma maneira eficiente, então, consequentemente, ele ficará muito tempo mamando, e quando for tirado do peito terá fome logo.

Se o bebê fica o tempo todo no peito, mas ainda assim apresenta sinais de fome, não está fazendo xixi e/ou cocô, é provável que a amamentação não está ocorrendo de uma maneira adequada. É importante buscar ajuda especializada nesse momento, como a de uma consultora de amamentação.

Mas vou deixar meu bebê “chupetando” o dia todo?

Ter um bebê plugado no peito não significa que ele está mamando efetivamente. Para extrair leite o bebê deve abocanhar mamilo e o máximo de aréola possível, para que ele possa pressionar o local correto da mama e tirar leite. Dessa forma ele fará uma mamada efetiva, e não ficará o dia todo no peito.

E é possível perceber que o bebê está tirando leite! Basta reparar se a sugada que o bebê está fazendo é uma “goladona”, onde ele enche a boca de leite e engole, enche a boca de leite e engole… Essa golada geralmente é mais pausada e ritmada (se imagine bebendo um copo de água, e perceba como você enche primeiro a boca e depois engole).

Quando o bebê não pega corretamente (ou em momentos que o fluxo de leite que está saindo do peito é baixo) ele vai dar sugadas curtas e rápidas, como se estivesse chupando uma chupeta (daí o termo chupetar). Quando ele está chupetando, ele NÃO está tirando leite. Então não adianta deixar o bebê plugado no peito nesse momento, pois a mamada não está sendo efetiva. Caso o bebê não esteja pegando direito, a pega deve ser arrumada. Caso a questão seja o fluxo baixo de leite, pode-se colocar o bebê no outro peito.

Quanto tempo devo deixar o bebê mamando?

Cada bebê tem um ritmo próprio, então não é correto falar que o bebê deve ficar 15, 20 ou 30 minutos mamando. Nem qual o intervalo entre as mamadas.

O melhor é observar o comportamento do seu bebê, entender a diferença entre sugadas efetivas (“goladonas”) e sugadas não efetivas (“chupetando”), saber se ele está fazendo a pega correta (se está doendo ou machucando a pega NÃO está correta), observar se o bebê está fazendo xixi e cocô diariamente.

Após essa observação inicial (que vai durar pelo menos uma semana de vida do bebê, mas em média dura o 1º mês de vida), os pais vão conseguir determinar qual o tempo de mamada do seu bebê e também o intervalo entre as mamdas.

Ah, mas é bom ter em mente que isso não é algo fixo, pois com o crescimento e desenvolvimento o bebê muda seu comportamento (pra complicar um pouco né…rs).

A regra é observar o seu bebê!

Minha bebê acabou de completar 3 meses e fiquei numa tremenda preocupação achando que meu leite estava diminuindo e que ela estava passando fome. 

Escutei diversas pessoas me sugerindo para complementar com fórmula e no desespero falei com o pediatra, ele sugeriu que eu comprasse a fórmula Aptamil 1 da Danone e que usassed uma medida a cada 30ml. Corri numa farmácia e comprei, fiquei preparada para não deixar minha filha passar fome. 

Entretanto, quis pesquisar e estudar um pouco os sintomas antes de partir para a fórmula. 

Fiquei sabendo e me assustei com a estatística de que, embora a recomendação seja de aleitamento materno exclusiva nos primeiros 6 meses, a média brasileira é de 54 dias. 

É exatamente nesse período de desistência onde acontece a crise dos 3 meses, que é quando o bebê começa a perceber que ele não está mais no útero e alguns comportamentos começam a mudar, alguns bebês ficam mais irritados e choram mais durante a amamentação, pode haver uma desaceleração no ganho de peso nesse período.

Outra coisa é que nos 3 meses os bebês já estão experts na “arte” de mamar e que conseguem esvaziar um seio com uma quantidade suficiente de leite em 3 minutos.

A crise dos 3 meses parece assustadora, mas essa fase dura em média 15 dias e passa! 

Portanto, o que precisamos é manter a calma, relaxar, dormir e beber muita água e esperar que nosso corpo produza a quantidade de leite necessária de acordo com a demanda.

Como quase toda mãe eu tentava encontrar a “culpa” da falta de leite em algo que eu estava fazendo (exercício, alimentação, sono, etc) mas isso só atrapalhava. O que ajudou mesmo foi:

  • pedir ajuda da minha mãe e do meu marido (eles já estavam ajudando, mas pedi um “intensivão” nesse período)
  • tomar muito chá de erva doce (aumenta muito o leite)
  • ordenhar pelo menos uma vez ao dia (faz com que seu corpo entenda que é para aumentar a produção de leite)

Tem muita coisa bacana no youtube sobre a crise dos 3 meses, vale pesquisar antes de desistir porque o aleitamento exclusivo é uma questão saúde. 

Quando engravidei da minha primeira filha me preparei para o parto normal e para receber essa nova vida, mas ninguém me alertou de que a amamentação poderia ser a parte mais difícil e imprevisível. 

O leite pode vir em grande quantidade, em pouca, os seios podem empedrar, o bebê pode ter uma pega incorreta, você pode sentir muita dor, e várias outras intercorrências não esperadas. No meu caso meus seios machucaram e eu chorava a cada mamada, mas isso contarei em outro artigo, aqui vou me limitar a falar sobre a alimentação durante essa fase. 

Precisamos ter um mantra em mente,  “nosso corpo é sábio e que o leite vai regular de acordo com a demanda”. Precisamos também lembrar que os seios são “fábricas” e não “estoques”, isto é, o leite será produzido de acordo com a demanda no momento da sucção, portanto seios pequenos ou murchos não significam seios com pouco leite.

Atendendo os conselhos da minha mãe eu sempre mudava minha alimentação durante a fase de amamentação, fiz isso com meus 4 filhos, o quão científico isto é, não sei dizer, mas para mim sempre deu certo. Então vou listar aqui os alimentos que eu mais consumia:

  • canjica
  • chá de erva doce
  • galinha com farinha de milho
  • leite com farinha de milho
  • aveias
  • muito muito líquido, especialmente água

Hum, uma última dica, para alimentar a alma a mãe precisa ter paz, relaxamento e suporte, amigos, parentes e uma rede de apoio por perto.

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