O que é?

A diástase abdominal é o afastamento dos músculos reto abdominais (aqueles que formam o “tanquinho”). Ela acontece naturalmente na gestação devido ao crescimento da barriga, pois os músculos vão se afastando para que a barriga possa expandir. 

Quando é ruim?

Em alguns casos esses músculos têm dificuldade de retornar ao seu normal, então a barriga da mulher fica com o aspecto de flacidez, aquela barriguinha de pós-parto que nunca volta ao “normal”. 

Toda gestante vai ter?

Alguns fatores que aumentam o risco da diástase abdominal são o ganho de peso acentuado durante a gestação, uma segunda gestação (na primeira é mais incomum acontecer), ou gestação gemelar (já que a barriga cresce mais). 

Como prevenir?

A prevenção deve ser o controle do ganho de peso durante a gestação, postura adequada para não haver sobrecarga da musculatura abdominal, e até mesmo alguns exercícios específicos (não os abdominais tradicionais, pois podem aumentar a pressão dentro da barriga e agravar a situação). Busque a orientação de um profissional qualificado para te instruir tanto na prevenção quanto no tratamento!

Nas imagens, uma cliente que atendi com sua barriga cerca de 4 meses após o nascimento do seu segundo filho. Além da barriguinha de pós parto que insistia em ficar, ela apresentava dor nas costas (na lombar), o que também pode ser um sinal da diástase.

 A primeira imagem mostra ela antes de iniciar uma técnica de tratamento da diástase. Na segunda, o resultado após apenas uma semana de tratamento. Isso mesmo que você leu, UMA SEMANA! Fiquei tão impressionada que pedi para compartilhar. A técnica que ela está usando chama-se “Técnica Tupler”. 

Eu que indiquei depois de ver umas postagens sobre seu uso. Ela está usando e aprovou! Você pode encontrar quem aplica essa técnica aqui no Brasil dando uma breve pesquisada pela internet. Esse tratamento específico é realizado a distância mesmo, onde a mulher fará os exercícios propostos, usar a cinta específica da técnica e seguir as orientações da profissional que aplica a técnica.

Achei uma técnica interessante para se compartilhar pois pode prevenir a realização de uma cirurgia!

Quando o parto normal é escolhido, o medo da dor é algo que deixa muitas mulheres ainda receosas, mesmo que se tenha a possibilidade de usar anestesia. Mas, é importante saber que antes da anestesia é possível lançar mão de outras maneiras de aliviar a dor do parto. Usando esses outros métodos, se aproveita da mobilidade da mulher para ajudar na progressão do parto. 

Alguns desses métodos são: presença de um acompanhante, liberdade para se movimentar, uso da bola de pilates, massagem, uso do rebozo, TENS, técnicas de respiração, compressas quentes/frias, banho no chuveiro, banho de imersão e até mesmo a hipnose.

Além de aliviar a dor dor, estes métodos promovem relaxamento, reduzem a ansiedade, e diminuem a chance de usar medicamentos sem necessidade. 

Abaixo, segue uma breve descrição de alguns deles.

Hipnose

A hipnose é uma técnica simples onde o hipnotista guia a pessoa hipnotizada para que ela possa alcançar alguns objetivos. 

Nada mais é do que a pessoa que ACEITA ser hipnotizada (CONFIANDO no hipnotista) poder se livrar da dor física naquele momento (pensando no parto) ou se LIBERTAR dos medos que bloqueiam sua mente e, consequentemente, paralisam sua vida.

Na assistência obstétrica a gente pode usar durante a gestação para preparar a mulher para o parto e mesmo durante o parto, para que ela relaxe e a dor não seja percebida. 

É um método que está aumentando sua difusão aqui no Brasil, e vale a pena entender para poder usar sem medo para o parto e até para outras questões como ansiedade, traumas, medos… 

TENS

TENS é uma sigla em inglês para “Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea”. É um aparelhinho que usa uma corrente elétrica de baixa potência para ajudar no controle da dor. 

Pode ser usado para diversas dores, inclusive é muito utilizado por fisioterapeutas. Pode ser que você mesma já tenha feito alguma vez em alguma sessão de fisioterapia. 

No seu uso no parto, seus eletrodos são colocados nas costas da mulher para que esse choquinho ajude a diminuir a dor e também a percepção dela. É mais eficiente quando utilizada já nos primeiros sinais trabalho de parto, e ir aumentando a intensidade de acordo com a necessidade. Alguns estudos sugerem que ele ajuda a diminuir o desconforto da dor do parto sem interferir no andamento do processo, como a anestesia pode fazer.

Não é um método muito conhecido e precisa de um aparelho específico.

Chuveiro

Durante o banho no chuveiro a mulher pode ficar em pé ou sentada, em uma posição que se sinta confortável, deixando a água cair pelo seu corpo. 

A água quente em si ajuda na redistribuição do fluxo sanguíneo, promovendo o relaxamento dos músculos. Dessa forma, ocorre a redução dos hormônios do estresse (catecolaminas) e, consequentemente o aumento dos hormônios do prazer/relaxamento (endorfinas) que também são anestésicos naturais do nosso corpo.

Como a sensação das contrações começam na região lombar, a água quente batendo nesta região age também como uma massagem durante as contrações. É um recurso muito simples, que ajuda bastante no alívio da dor e também na progressão do parto, já que a posição que a mulher fica geralmente é em pé ou sentada.

Banheira

O mecanismo de ação da imersão na água durante o trabalho de parto é o mesmo do chuveiro, com a diferença de que na banheira é possível estar com uma parte maior do corpo em contato com a água, e também de ser possível da mulher achar posições mais relaxantes, podendo descansar mais. 

A água quente em si ajuda na redistribuição do fluxo sanguíneo, promovendo o relaxamento da musculatura. Dessa forma, ocorre a redução dos hormônios do estresse (catecolaminas) e, consequentemente o aumento dos hormônios do prazer/relaxamento (endorfinas). As evidências científicas mostram que a imersão em água durante a fase de dilatação reduz de forma significativa a necessidade de analgesia peridural/raqui, sem afetar negativamente a duração do trabalho de parto, a taxa de parto cirúrgico, ou o bem-estar do bebê. É uma opção também simples que pode ser escolhida pela mulher nos locais onde há essa possibilidade.

Rebozo

O Rebozo é um xale de origem mexicana, muito usado na assistência obstétrica por enfermeiras, obstetrizes, parteiras e doulas. Pode ser usado ainda na gestação para massagens e técnicas de relaxamento. 

No parto ele se torna um grande aliado da mulher. Ele pode ser amarrado em algum lugar fixo para que a mulher possa puxá-lo ou se apoiar nele, pode ser usado como manta para cobrir em um momento de frio, como um apoio para a cabeça, e até mesmo em partos rápidos para manter o bebê que nascer no carro aquecido… 

Durante o trabalho de parto, ele pode ser envolvido na barriga da mãe ou no bumbum, por exemplo, e a pessoa que está auxiliando a mulher vai puxá-lo para aliviar o peso da barriga ou então dar uma “sacudida” de leve, que ajuda a relaxar a musculatura e, consequentemente, alivia a dor. 

Outro artifício simples, que pode ser substituído por lençóis ou toalhas.

Bola Suíça e Cavalinho

A Bola Suíça e o Cavalinho são dois instrumentos muito utilizados durante o parto, disponível em diversos hospitais. Ambos permitem que a mulher adote diversas posições e movimentos, além de promover posições verticalizadas, que contribuem para a progressão do parto. 

Ao ter a possibilidade de escolher e mudar de posição, a mulher consegue encontrar maior conforto, o que ajuda a amenizar sua dor. 

Conclusão

Ainda existem muitos outros métodos não farmacológicos para alívio da dor, como a simples presença de um acompanhante, que trás segurança e conforto, massagens, aromaterapia, musicoterapia, cromoterapia, e por aí vai…. 

Como foi possível ver, esses métodos envolvem no geral baixo custo. 

Ainda falta conhecimento das mulheres e famílias sobre eles e também dos profissionais que trabalham nessa área.

O conhecimento sobre esses métodos e também sobre o processo do parto já são em si um método para ajudar na fluidez do parto, no alívio da dor e também a confiar na capacidade do corpo de parir.

Afinal, o parto é um processo fisiológico do nosso corpo, como respirar ou digerir. Em condições favoráveis vai acontecer como foi programado em nosso DNA.

Isso significa que ele vai levar algumas horas para isso, e tudo bem!Precisamos entender que isso é o normal do nosso corpo para evitar intervenções desnecessária que muitas vezes são feitas apenas por rotina.

O uso do laser já está muito bem difundido na área da saúde.

Diversas especialidades utilizam seus benefícios há muito tempo, como a odontologia, por exemplo (lembra aquela luz que o dentista aplicou na sua boca? Provavelmente era um laser!).

Seu uso na área obstétrica é recente, e vem trazendo muitos benefícios. A aplicação mais procurada é para acelerar a cicatrização das temidas fissuras (rachaduras) nos mamilos causadas durante a amamentação.

De fato, esse benefício é incontestável! O efeito cicatrizante do laser é muito bom e ajuda muito a acelerar não só o processo da cicatrização do mamilo, mas também a retomada da amamentação sem dor e com uma mãe mais otimista e confiante.

Basicamente, o que o LASER faz é fornecer energia para que as células machucadas consigam se regenerar mais rapidamente.

Porém, é importante saber que a aplicação em si do laser nos mamilos não faz milagres naquele machucado se a causa principal não for corrigida.

Imagine um sapato apertado que deixa um machucado no calcanhar. Este machucado não irá melhorar nunca enquanto o sapato continuar sendo usado, concorda?

No caso da fissura mamilar a causa dos machucados na grande maioria das vezes tem a ver com a pega inadequada que o bebê faz na mama, quase como um sapato apertado mesmo.

Então, é imprescindível corrigir a pega do bebê ao seio para que o mamilo deixe de ser ferido e a cicatrização ocorra completamente.

Assim, a utilização de laser para acelerar a cicatrização dos mamilos veio como uma revolução no tratamento das feridas mamilares, sendo um acelerador do processo, mas não deve ser um recurso usado isoladamente. 

Quando a amamentação não está indo bem, a avaliação da mamada por uma consultora de amamentação é muito mais importante para que a orientação adequada seja dada aquela família, e a amamentação passe a transcorrer de uma maneira tranquila e prazerosa.

O laser deve ser uma ferramenta a mais na mala da consultora de amamentação e não a única ferramenta.