Separei aqui 5 cantigas das antigas para vocês.
Essas músicas marcaram minha infância, me trazem lembranças fortes do meu avô e de momentos da minha infância que formaram quem eu sou hoje.

“Se essa rua fosse minha”
Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Para o meu
Para o meu amor passar
Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
É porque
É porque te quero bem

“Peixe vivo”
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia?
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia?
Os pastores desta aldeia
Fazem prece noite e dia
Os pastores desta aldeia
Fazem prece noite e dia
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia

“Ciranda, cirandinha”
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso, dona Rosa
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora

“O cravo brigou com a rosa”
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada
O cravo ficou doente
E a rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
E a rosa pôs-se a chorar
A rosa fez serenata
E o cravo foi espiar
As flores fizeram festa
Porque eles vão se casar

“Cai cai balão”
Cai cai balão, cai cai balão
Aqui na minha mão
Não Cai não, não cai não, não cai não
Cai na rua do Sabão
Cai cai balão, cai cai balão
Aqui na minha mão
Não vou lá, não vou lá, não vou lá
Tenho medo de apanhar!

A Candidíase Mamária é um problema que pode surgir durante a amamentação. Você já ouviu falar?

Bem, se você é mulher, é bem provável que você já tenha tido candidíase vaginal alguma vez na vida. Se nunca teve, parabéns!

Tanto a candidíase vaginal quanto a mamária são causadas pelo mesmo fungo, o Candida albicans. Esse fungo faz parte da nossa flora, mas ele é oportunista. Então quando estamos com a imunidade baixa, ele consegue se proliferar.

No caso da candidíase vaginal, é uma coceira insuportável lá embaixo (na vulva e na vagina) e um corrimento esbranquiçado.

Já no caso da candidíase mamária, ela é mais complicada de ser diagnosticada. Ela vai surgir também quando o fungo encontra a oportunidade de se proliferar nas mamas, e essa oportunidade surge quando os mamilos estão feridos (o que é uma porta de entrada para esse bichinho).

Sinais e Sintomas

Geralmente a mulher que está amamentando refere os mamilos sensíveis e uma sensação de ardência. Os mamilos e aréolas podem estar mais vermelhos ou também descorados. Durante a mamada, a sensação é de fisgadas, pontadas, agulhadas, facadas… 

O bebê também pode se infectar, mas a amamentação pode e deve ser mantida.

No bebê podem aparecer placas brancas dentro da boca, e ele também pode ter assaduras.

Tratamento

O tratamento é medicamentoso e deve ser orientado pelo médico. Pode ser pomada para passar no mamilo e no períneo do bebê, uma solução oral para passar dentro da boca do bebê e às vezes um comprimido antifúngico também é associado ao tratamento.

É importante que mesmo que o bebê não apresente os sintomas referidos que ele seja tratado junto com a mãe, para evitar a reinfecção.

Hoje em dia também é possível usar o tratamento do laser como coadjuvante para auxílio no tratamento da candidíase mamária.

Cuidados extras

Visando evitar a reinfecção é necessário atenção com todos objetos que entra em contato com  a mama da mãe e a boca do bebê. Assim, sutiãs e fraldas de panos que entram em contato com a mama, devem ser trocados diariamente e lavados com água fervente. Deve-se evitar o uso de bicos artificiais (chupeta, mamadeira, bico de silicone). Mas, caso esteja usando, também é necessária grande atenção na higiene desses itens, sendo esterilizados também com água fervente.

Abafar a mama pode piorar a situação, já que os fungos gostam de lugar úmido e quente para se proliferarem. Assim, manter a mama arejada o máximo de tempo possível e também não usar conchas de amamentação e trocar com bastante frequência os absorventes de peito (e até mesmo não usá-los, se você se sentir confortável sem eles).

Na alimentação, evitar açúcares simples (como doces e farinha branca), pois são alimentos que favorecem o crescimento desse fungo. O consumo de probióticos também ajuda a recompor a flora normal do corpo (iogurte natural e kefir, por exemplo).

Prevenção

A prevenção da candidíase mamária está principalmente em acertar a pega do bebê no seio. Com a pega certa, não há ferimentos nos mamilos, que são a porta de entrada para esses bichinhos.

Caso haja uma ferida no mamilo, acertar a pega para a cicatrização ocorrer é primordial e evitar o uso de absorventes de peito e conchas, além de deixar as mamas arejadas sempre que possível.

Quando a candidíase se instala a cicatrização da ferida no mamilo acaba demorando muito ou até não ocorrendo enquanto a infecção não for resolvida.

Existem diversas posições para amamentar. Mas qual será a melhor?

Bem, eu costumo dizer que a melhor é a que a mãe e o bebê se adaptarem.

Mas, ainda assim, existem uns pontos específicos para que a gente garanta que a pega e mamada sejam eficientes. Isso vai ser muito importante principalmente no início do processo de amamentação, pois é quando mãe e bebê estão aprendendo.

Alguns pontos que eu considero importantes são os seguintes:

IMAGEM (alinhamento)

1)    Bebê alinhado:

O alinhamento do bebê é ele estar com a cabeça o ombro e o quadril para o mesmo lado (como mostra a linha vermelha). Essa posição é mais confortável para o bebê e promove uma sucção mais adequada.

2)    Barriga com barriga

O contato da barriga do bebê com a barriga da mãe (ou em contato com outra parte do corpo da mãe) vai promover estabilidade para esse bebê.

3)    Dar apoio a cabeça do bebê pela nuca

Caso você opte por uma posição em que sua mão vai apoiar a cabeça do bebê, a melhor forma é apoiar pela nuca. Dessa forma é mais fácil para direcionar a cabeça do bebê para o seio. Caso você segure a cabeça do bebê com a mão apoiando a toda a cabecinha dele, o bebê tende a empurrar a cabeça para trás, e isso é apenas um reflexo. Então é uma péssima ideia segurar a cabeça do bebê empurrando-o para o seio, porque ele vai empurrar a cabeça para a posição contrária, gerando estresse para mãe e bebê.

Pensando nesses pontos, escolha a posição que você sentir mais conforto e perceber que seu bebê também está bem posicionado.

A seguir, algumas imagens de posições para amamentar:

  • Tradicional
  • Cruzada
  • Invertida
  • Deitada
  • Cavalinho

Particularmente, eu indico que as mães iniciem com a posição cruzada, para ter maior controle da cabeça do bebê. Após posicionar o bebê ao seio, é possível trocar os braços e ficar na posição tradicional, se for mais confortável.

Após o nascimento do bebê a mãe pode apresentar o chamado “Baby Blues”, que que também é conhecido como “Melancolia Pós Parto” ou até “Blues Puerperal”, todos termos para uma mesma situação: aquela tristeza apresentada pela mãe, aparentemente inexplicável. 

Essa bagunça emocional decorre de diversos fatores da nova situação que essa mulher se encontra e principalmente pela brusca MUDANÇA HORMONAL. É algo que ocorre com a grande maioria das mulheres no puerpério (período pós parto), mas não de forma igual para todas. Às vezes uma leve tristeza ou ansiedade, outras vezes um choro excessivo sem motivo aparente, podendo durar até cerca de duas semanas.

A grande diferença com a Depressão Pós Parto (DPP) está não só na duração, mas principalmente na intensidade dos sintomas. Na DPP os sintomas costumam ser mais fortes e incapacitantes. O Baby Blues dura até duas semanas e mesmo apresentando os sintomas (maior sensibilidade emocional, constante vontade de chorar, comentários autodepreciativos, insegurança, impaciência, ansiedade, insônia, mudança brusca de humor) a mulher consegue exercer as atividades diárias como os cuidados com o bebê e o auto-cuidado. 

Já na DPP esses sintomas são mais exagerados e a mulher pode apresentar dificuldades de realizar essas atividades diárias básicas, apresentando medo para exercê-las, por exemplo.

É extremamente importante que essa mulher tenha uma REDE DE APOIO nesse período como o marido/companheiro, familiares e amigos que não só dividam as tarefas e cuidem dessa dupla mãe-bebê, mas que também sejam empáticos e pacientes, além de apoiarem e ajudarem na busca de um profissional qualificado caso se entenda que esta mulher está com DPP. Neste caso é necessário o acompanhamento médico para que essa mãe seja devidamente medicada e acompanhada.